terça-feira, 22 de março de 2016

COMEMORAÇÃO DO DIA DA ÁRVORE NA PAMPULHA

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA ÁRVORE E DA FLORESTA NA PAMPULHA

No passado dia 21 de Março, crianças da Freguesia da Estrela, comemoraram o Dia Mundial da Árvore e da Floresta, com a plantação de duas Laranjeiras, nas escadinhas da Av. Infante Santo, frente ao Dispensário de Alcântara, Símbolo do Gabinete da Pampulha.

Esta cerimónia, plena  de   simbolismo, que contou com  a presença do Sr. Presidente   da Junta  de Freguesia da Estrela, Dr, Luís Newton, pretendeu desenvolver nas nossas crianças   o   amor   pelas árvores que surge de uma forma natural do seu conhecimento, e do contacto físico com elas e com a terra que as suporta e sustenta.

Pinto Soares






quinta-feira, 17 de março de 2016

HISTÓRIA DO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA, TAMBÉM CONHECIDO POR MUSEU DAS JANELAS VERDES





O Anexo. Entrada para o Museu pelo Jardim 9 de Abril


O Museu Nacional de Arte Antiga, também conhecido por Museu das Janelas Verdes, por se situar na rua com o mesmo nome, encontra-se instalado no palácio dos Condes de Alvor, frente ao Largo Dr. José de Figueiredo, por onde tem uma entrada.

Entrada do Museu Nacional de Arte Antiga pelo Largo Dr. José de Figueiredo 

O Palácio de Alvor foi mandado construir no séc. XVII por D. Francisco de Távora, 1.º Conde de Alvor, tendo passado a ser conhecido como Palácio de Alvor-Pombal, porque, em 1759, o edifício foi adquirido por Paulo de Carvalho e Mendonça, irmão do Marquês de Pombal que, por morte do primeiro, passou a ser proprietário do palácio, tendo este ficado na posse da sua família por mais de um século.

Placa Toponímica à entrada do Largo Dr. José de Figueiredo com o nome do primeiro director do Museu Nacional de Arte Antiga
Largo Dr, José de Figueiredo e Chafariz das Janelas Verdes


Ao falarmos do Largo Dr. José de Figueiredo não podemos deixar de fazer referência ao Chafariz das Janelas Verdes, Classificado Imóvel de Interesse Público em 10 de Agosto de1998 pela portaria n.º 512/98 do Diário da República (I-Série-B), n.º 183. Faz parte do conjunto dos cinco chafarizes adossados ao Ramal das Necessidades do Aqueduto das Águas Livres: O do Jardim Olavo Bilac, o da Praça da Armada, o das Terras, o da Cova da Moura e o das Janelas Verdes, todos na Freguesia da Estrela.

Este chafariz, de arquitectura barroca, foi edificado em mármore branco e rosa no ano de 1775, baseado no projecto do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos, possuindo várias esculturas de António Machado, das quais sobressai o grupo escultórico, representando uma alegoria ao Amor e à Água com as figuras de um golfinho e a do Cupido que oferece uma seta a Vénus.

Em 1884 o actual Museu Nacional de Arte Antiga foi adquirido pelo Estado Português, sendo hoje um organismo oficial dependente do Instituto Português de Museus.



Em 1918 é demolido o Mosteiro das Freiras Carmelitas Descalças, também conhecido por Convento das Albertas, nome derivado do seu patrono, Santo Alberto, contíguo ao palácio Alvor, para aí ser construído o edifício ANEXO tal como o conhecemos ainda hoje, que só foi inaugurado em 1940 com a exposição dos Primitivos Portugueses, comemorativa dos 800 anos de história portuguesa e dá entrada principal ao Museu, pelo Jardim 9 de Abril.

Do Convento das Albertas existe ainda a capela e a cerca onde foi construído o Jardim 9 de Abril.


Capela do Convento das Albertas


A CRIAÇÃO DO MUSEU DE ARTE ANTIGA COMO RESULTADO DA REVOLUÇÃO LIBERAL



Com a abolição das Ordens Religiosas por decreto de 28 de Maio de 1834, logo no dia seguinte ao da convenção de Évora-Monte que acabou com a guerra civil entre absolutistas e liberais, o novo poder entregou ao Estado muitas centenas de objectos pertencentes aos mosteiros.

Estes objectos, nomeadamente quadros foram colocados em depósito no extinto convento de S. Francisco da Cidade onde, desde 1836 está sediada a Academia Nacional de Belas Artes.

Foi, no entanto, necessário esperar até 1882 com a realização da célebre exposição de Arte Ornamental, inaugurada pelo Rei D. Luis I, realizada nas salas do Palácio dos Condes de Alvor, por essa altura alugado pelo Estado por um período de trinta anos, para o aparecimento de um Museu Nacional de Belas Artes.

Dois anos depois, o palácio de Alvor seria comprado pelo Estado e receberia as colecções que estavam à guarda da Academia de Belas Artes. Estava assim criado o Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia que passaria, em 1911 depois da implantação da república, a Museu Nacional de Arte Antiga.

Depois da implantação da república dá-se a entrada no museu de nova leva de peças provenientes dos Palácios Reais, entre os quais o Palácio das Necessidades, morada dos últimos Reis de Portugal.



João Pinto Soares