segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A Companhia União Fabril (CUF), na Pampulha



A COMPANHIA UNIÃO FABRIL (CUF), NA PAMPULHA



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Sede Administrativa da "Companhia União Fabril" (CUF), na Avenida 24 de Julho, esquina com a Avenida Infante Santo.

A Companhia União Fabril (CUF) fundada em 1865, com sede em Lisboa, dedicava-se, principalmente, à produção de sabão, velas de estearina e óleos vegetais. Viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.
                    
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                   "Fábrica União" em Alcântara, em 1881



Chaminé da "Fábrica União", hoje no interior do condomínio Alcântara-Rio








                Fachada da Fábrica na Rua Fradesso da Silveira

No espaço onde funcionava a "Fábrica União", foi construído em 2003 o condomínio "Alcântara-Rio". Da antiga fábrica resta a fachada na Rua Fradesso da Silveira e a Chaminé, para memória da fábrica que aí existiu. 




Hospital da CUF Infante Santo

O palácio Sassetti, na Travessa do Castro,Nº 3, construído por Carlos Augusto Bon de Sousa, visconde de Pemes, dada a sua proximidade com a Av. Infante Santo, foi o lugar escolhido para ser instalado em 1945 o "Hospital da CUF". 


Paineis em baixo-relevo no "hall" de entrada






Jardim interior com cinco árvores monumentais


Capela do Hospital






João Pinto Soares













quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

OS AZULEJOS NA PAMPULHA - AV. INFANTE SANTO

OS AZULEJOS NA PAMPULHA
O AZULEJO APLICADO COMO ELEMENTO DECORATIVO NO ESPAÇO PÚBLICO
OS PAINÉIS DE AZULEJO NA AVENIDA INFANTE SANTO


Quem desce a Avenida Infante Santo, do lado Nascente, vai descobrindo  sete painéis de azulejo, todos eles obra de artistas portugueses,  decorando as diversas escadarias que permitem o acesso ou a saída do Vale da Infante Santo. Também no início desta Avenida, um grande painel de azulejo reveste as paredes do  viaduto da Pampulha.

Estes painéis, que a Câmara Municipal de Lisboa instalou desde 1959, foram recentemente restaurados  e são, do Norte para Sul daquela Avenida, atribuídos a:


Maria Keil - "O MAR", 1958-59.


Carlos Botelho - "CIDADE COLORIDA", 1956-57



Júlio Pomar e Alice Jorge, Fábrica de Sant´Anna, 1958



Sá Nogueira "LISBOA RIBEIRINHA", 1959




Eduardo Nery, um painel cerâmico em tons de laranja, executado em 1994




Revestimento em azulejo na Avenida Infante Santo, na escadaria mais a sul, que dá acesso à Rua Joaquim Casimiro, junto à Rua Embaixador Teixeira de Sampaio, denominado pelo autor, Diogo Machado (Add Fuel), "Louvor da Vivacidade" , 2017.




Revestimento de azulejo no viaduto da Pampulha
Eduardo Nery - 2001
Fábrica Viúva Lamego


João Pinto Soares

domingo, 29 de outubro de 2017

ACESSIBILIDADES NA PAMPULHA

ACESSIBILIDADES NA PAMPULHA



Banco colocado junto da paragem dos autocarros na Calçada da Pampulha




Corrimão acompanhando as escadinhas do Beco do Olival

O Projecto Pampulha Cria Valor,  levou a efeito dois melhoramentos  que vieram contribuir para valorizar a qualidade de vida da população da Pampulha nas suas deslocações diárias, nomeadamente a população mais idosa.

Referimos a colocação de um banco na Calçada da Pampulha, junto à paragem dos autocarros da Carris e a colocação de um corrimão ao longo do Beco do Olival. 

Estes melhoramentos são o resultado de um trabalho de mapeamento das acessibilidades realizado em conjunto com os moradores,  comerciantes e frequentadores da Pampulha.

Pinto Soares



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

FEIRA DA PAMPULHA



FEIRA DA PAMPULHA


Venha celebrar o Outono na Feira da Pampulha, no próximo dia 27 das 10h às 22h30 com artesanato, comes e bebes, 2ª mão, o Maior Bolo Rei da Pampulha e com uma atuação da Escola de Fados da Academia Estrela!
Inscreva-se , Apareça, Divulgue!
Contamos consigo!



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A FÁBRICA DE CERÂMICA CONSTÂNCIA EM RISCO DE DESAPARECER

A FÁBRICA DE CERÂMICA CONSTÂNCIA, ÀS JANELAS VERDES, CORRE O RISCO DE DESAPARECER E COM ELA UMA PÁGINA DA AZULEJARIA EM PORTUGAL


    Rua do Olival, seta indicando a Fábrica de Cerâmica Constância

Fábrica de faiança Constância

Pormenor da fachada

Prédio da Rua das Janelas Verdes, n.º 70/78, Imóvel classificado de Interesse Público, com azulejos da Fábrica Constância

Pormenor do enquadramento da janela
Placa da CML que atribui ao prédio a classificação de Interesse Público

As instalações da antiga Fábrica Constância, na Rua de São Domingos à Lapa, correm o rico de ser demolidas para no local ser construído um condomínio. O projecto desta operação imobiliária, que inclui também a demolição de um edifício da Rua das Janelas Verdes, está em apreciação na Câmara Municipal de Lisboa,  mas na Assembleia Municipal de Lisboa foram já publicamente apontadas várias irregularidades a este processo.

Fundada em 1836, a Fábrica de Faiança Constância, laborou até 2001, Inicialmente conhecida por Fábrica dos Marianos, por se ter instalado na Cerca do antigo Convento dos Marianos, nome que sofreu várias modificações, trendo sido definitivamente alterado  para Fábrica Conastância, em 1842.

Nesta fábrica foram produzidos alguns dos azulejos que decoram o Palácio da Pena, em Sintra, e muitos dos azulejos Arte Nova  que decoram as fachadas de alguns edifícios como é o caso do prédio da Rua das Janelas Verdes, com o Número 70/78.

Em 1921, o artista italiano Leopoldo Battistini tomou de trespasse a fábrica onde trabalhou até à sua morte, em 1942. Em 1963, a fábrica foi reorganizada por D. Francisco de Almeida. Nela colaboraram diversos artistas, destacando-se o ceramista Wenceslau Cifka  (Sec.XIX) e João Abel Manta, que a escolheu para a execução do paredão monumental da Av. Calouste Gulbenkian , em Lisboa.

Aqui também foram executados os azulejos que revestem o Oceanário de Lisboa, de autoria de Ivan Chermayet e Maria Portugal pintou faiança com trechos escritos e azulejos.





Mais uma página negra para a história do património. Não respeitando as memórias da cidade de Lisboa, em Fevereiro de 2018 a Fábrica Constância foi demolida, para dar lugar à Urbanização dos Marianos..

Pinto Soares

sexta-feira, 14 de julho de 2017

AS NAUS DA PAMPULHA





AS NAUS DA PAMPULHA


Quem percorrer a Pampulha e prestar atenção ás paredes de alguns prédios ou monumentos, irá encontrar esculpidos em baixo-relevo, barcos de vários tipos (naus, caravelas, galeões, corvetas). Ninguém sabe ao certo qual a razão de ser de tais esculturas. Naus sem os corvos que as ligariam imediatamente ao símbolo da cidade de Lisboa, o que pretendem representar ? E se aquelas que apresentam a representação de corvos se podem ligar à própria cidade de Lisboa, as outras pensa-se serem a residência de velhos marinheiros que assim quiseram marcar a sua ligação ao mar e à vida marítima.
Trata-se, contudo, de um fenómeno único nas cidades e que mereceu do olisipólogo Norberto de Araújo o texto poético que  aqui transcrevemos e que ilustra bem a importância e o significado que tais manifestações de cultura representam para a cidade de Lisboa de uma maneira geral e para a Pampulha em particular.


É este o texto que gostaríamos de vos transmitir: 

"Ligam a cidade ao mar estas pedras da heráldica olisiponense. A nau-é um símbolo que transcende da própria jurisdição municipal. Onde estava o navio estava o Senado da Cidade Mas só Lisboa ? Em rigor estava a Nação inteira: cada uma daquelas pedras podia ser uma sigla emblemática de Portugal de todos os tempos.

Estas pedras de naus, com corvos ou sem eles, salpicam Lisboa de visões marítimas. Elas não pretendem falar dos descobrimentos; recuam à tradição de S. Vicente. Mas condensa-se nelas toda a história da marinharia lusa. O seu poder de penetração é igual ao seu potencial de beleza. A sua ingenuidade - é uma força. Nenhuma cidade do mundo possui coisa assim.

Há-as por toda a parte: nos espaldares de velhas bicas e chafarizes, nos cunhais das casa da Câmara, na face de prédios, em quinas, em galilés, em sobreportas, São das mais variadas traças do escopro. Em relevo rude, quase romântico; em modelação macia, como se de ourivesaria fossem, parecem arrancadas das mãos de lavrantes da Renascença; em simples talhe doce, gravura a buril, de ingénuo risco.Começam no século XIV, ao Andaluz, atravessam o quinhentismo, metem-se pelos séculos XVII e XVIII. Cada uma com o seu timbre, com seu jeito, com sua fala - são todas um padrão. Desde a caravela, desde quase da galera até à nau, ao galeão, à corveta - todas significam a mesma coisa. Em qualquer delas tanto se poderia aportar ao Cabo Sacro - como dar uma volta inteirinha ao mundo.

Pela Ribeira Velha e por Alfama, por Santa Bárbara e pelo Beato António, por Arroios e pela Graça, no Castelo, no Bairro Alto, na Fonte Santa, em Alcântara, pela Pampulha fora, ao longo das vielas e betesgas -  roteiro das peregrinações dos corvos de S. Vicente, saltando de bairro para bairro - Lisboa deixou a dedada heráldica do seu navio.
Que lindos brincos tem Lisboa nas pedras das naus ! Passando-lhes as mãos pelo relevo e contornos tem-se a sensação que se palpa a espuma do mar. São o elo que prende esta cidade ao seu destino."

Norberto de Araújo
Legendas de Lisboa


AS NAUS DA PAMPULHA



Chafariz da Praça da Armada


               Chafariz da Fonte Santa - Rua Possidónio da Silva

                                    Calçada do Livramento



Calçada do Livramento N.º 19

Rua da Costa


Rua da Costa 52



                                        Rua da Costa 81A


Rua da Costa 51


Rua da Costa 43



Rua Prior do Crato


Rua Prior do Crato Nº. 71


Rua Prior do Crato N. 75

                  
Rua Prior do Crato N.54

Rua Prior do Crato N.48


Rua Prior do Crato N.46

 Monograma - Rua Prior do Crato N. 45


Rua Prior do Crato N.40

Calçada da Pampulha



Calçada da Pampulha N.º 2/4



Calçada do Castelo Picão N.º 51




Rua Presidente Arriaga

Rua Presidente Arriaga N.ª 172

Rua Presidente Arriaga N.º 170



Rua Presidente Arriaga Nº. 152/154



Rua Presidente Arriaga N.150

Rua Presidente Arriaga N.º 142
Rua Presidente Arriaga N.º 136-138
Rua Presidente Arriaga N.º 124-A


Fazemos notar que as sete naus presentes na Rua Presidente Arriaga e na Calçada da Pampulha constam do Inventário do património Municipal (Anexo III do Plano Director Municipal de Lisboa).
Rua de S. Bento 152/154


João Pinto Soares