Fábrica de faiança Constância |
Pormenor da fachada |
Prédio da Rua das Janelas Verdes, n.º 70/78, Imóvel classificado de Interesse Público, com azulejos da Fábrica Constância |
Pormenor do enquadramento da janela |
Placa da CML que atribui ao prédio a classificação de Interesse Público |
As instalações da antiga Fábrica Constância, na Rua de São Domingos à Lapa, correm o rico de ser demolidas para no local ser construído um condomínio. O projecto desta operação imobiliária, que inclui também a demolição de um edifício da Rua das Janelas Verdes, está em apreciação na Câmara Municipal de Lisboa, mas na Assembleia Municipal de Lisboa foram já publicamente apontadas várias irregularidades a este processo.
Fundada em 1836, a Fábrica de Faiança Constância, laborou até 2001, Inicialmente conhecida por Fábrica dos Marianos, por se ter instalado na Cerca do antigo Convento dos Marianos, nome que sofreu várias modificações, trendo sido definitivamente alterado para Fábrica Conastância, em 1842.
Nesta fábrica foram produzidos alguns dos azulejos que decoram o Palácio da Pena, em Sintra, e muitos dos azulejos Arte Nova que decoram as fachadas de alguns edifícios como é o caso do prédio da Rua das Janelas Verdes, com o Número 70/78.
Em 1921, o artista italiano Leopoldo Battistini tomou de trespasse a fábrica onde trabalhou até à sua morte, em 1942. Em 1963, a fábrica foi reorganizada por D. Francisco de Almeida. Nela colaboraram diversos artistas, destacando-se o ceramista Wenceslau Cifka (Sec.XIX) e João Abel Manta, que a escolheu para a execução do paredão monumental da Av. Calouste Gulbenkian , em Lisboa.
Aqui também foram executados os azulejos que revestem o Oceanário de Lisboa, de autoria de Ivan Chermayet e Maria Portugal pintou faiança com trechos escritos e azulejos.
Mais uma página negra para a história do património. Não respeitando as memórias da cidade de Lisboa, em Fevereiro de 2018 a Fábrica Constância foi demolida, para dar lugar à Urbanização dos Marianos..
Pinto Soares
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